domingo, 24 de outubro de 2010

Quero dividir algumas palavras!



O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha! Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor! O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo protege, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca perece (l Co 13:4-8)

Cristo ensinou que amor não é para a realização de si mesmo, mas para o bem dos outros e para a glória de Deus. O verdadeiro amor é abnegado. Ele dá; ele sacrifica; ele morre para as suas próprias necessidades. “Ninguém tem maior amor” disse Jesus, “do que aquele que dá a sua vida pêlos seus amigos. “(Jo 15:13)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Um carinho todo especial aos meus praticantes autistas da Equpterapia!





Eu, uma criança autista
Para E. 7 anos
Mônica Accioly, 2000

Sou uma criança autista.
Autismo... O que é autismo?
É doença ou é língua estrangeira?
É feito catapora, sarampo, estrabismo?

Autismo é difícil de explicar,
Não é doença nem "pega" no ar.
Ser autista é ter um jeito diferente.
Às vezes, sempre quieto e sorridente,
Às vezes, levado, correndo, até fugindo...
Ou então chorando: aos berros!

Quando bebê posso parar
Horas e horas olhando
Um pontinho na parede.
Me balançar, me fixar
Num raio de sol
Ou num beija-flor.
Não vejo mais nada em volta,
Nem o seu carinho
Nem o seu amor.

Preciso aprender com você.
Preciso ver nos seus olhos
Que o mundo
É muito mais que esse
tantinho do mundo que
eu posso ver

Posso ser gritão, chorão e
dar o maior trabalhão!
Não agüento tanta
confusão..!
Os ruídos, as roupas, a luz
Tudo me dá aflição!

Mas gosto se a mamãe
canta prá mim.
Sua voz mansa e doce,
Sua presença suave
Me acalmam e ajudam
a entender
Que esse mundo talvez não
seja
Tão ruim de se viver...

Falar é difícil prá mim.
Olhar nos olhos também.
E ninguém me entende
E eu não entendo ninguém
E cresce um nervoso imenso
Uma angústia sem fim
Uma agonia horrível dentro
de mim.

Me debate ou puxo os
cabelos
(não sei se os meus ou os
seus)
Mordo ou pulo até cansar
Ou encontrar alguém
Que com muito carinho me
fale
Das alegrias de amar.

Ah, posso ser muito
"arrumadinho"
Gostar de cada coisa em seu
lugar
Ir sempre pelo mesmo
caminho,
Sentar nos mesmos lugares,
Sentir os mesmos sabores.

Se você mudar o meu dia...
Pode sepreparar:
Vou me apavorar!
Neste mundo cheio de
mistérios
Preciso de tempo prá me
acostumar.

As pessoas me atraem e
apavoram.
São tão interessantes e tão
distantes...
Como será que se entendem?
Imagino bruxaria, mágica,
telepatia...
Fazem sons engraçados
Se tento imitar não consigo.
Às vezes, me deixam aflito,
Não sei se choro ou se rio.

Me deixam tonto quando fazem
estalinhos.
São "beijinhos"
Seja lá o que isso for...
Sacodem as mãos em
"tchauzinho",
Que estranho, parecem até
macaquinhos!

É... vou demorar a entender
Este mundo tão cheio de
regras.
Não faça isso! Faça aquilo!
Balance as mãos! Dê
estalinhos!

Mas se encontro quem me
compreenda
E ajude com enorme
paciência
Vou crescendo mais feliz,
mais calmo.
O mundo me assusta menos,
As palavras soam mais claras.
Já posso mostrar quem sou.

Sou um anjo-menino
Sem maldade, sem rancor.
Não entendo ódio, inveja,
deboche,
Ironia, trapaça ou mentira.
Mas posso conhecer o amor.

Se você for quem eu
espero e preciso
Serei alguém que você
nunca imaginou!

Para refletir!


“A vida não é um corredor reto e tranqüilo que
nós percorremos e sem empecilhos,
mas um labirinto de passagens,
pelas quais nós devemos procurar nosso
caminho, perdidos e confusos, de vez em quando
presos em um beco sem saída.
Porém, se tivermos fé,
uma porta sempre será aberta para nós,
não talves aquela sobre a qual
nós mesmos nunca pensamos,
mas aquela que definitivamente se revelará boa para nós!”

A.J. Cronin

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O machucado do Cascão


O Cebolinha estava com uma maleta de primeiros socorros, então ele encontrou o amigo Cascão que estava machucado depois de ter jogado bola.
Então ele foi falar com o amigo para ver o que tinha acontecido. E o Cascão respondeu:
-“Eu estava jogando bola e levei um chute, caí e machuquei meu joelho!”
E o Cebolinha respondeu:
-“Não se preocupe, pois eu tenho uma maletinha de primeiros socorros!”
Então ele fez um curativo e o amigo gritou “aíííííí”, porque doeu muito.
E o Cebolinha fugiu dele, pois seu choro estava muito forte e alto.
                                             
                                               FIM!


Esse texto foi criado por uma praticante da Equoterapia de Santo Ângelo (CMESAC), que tem 11 anos, com Paralisia Cerebral.
A criação desse texto foi proposta, por mim e pela equipe, a partir da necessidade que percebemos que a mesma tem na produção do texto e em sua ortografia. A partir do texto pudemos constatar que a criatividade  da praticante é enorme, e que tem sentimentos de uma garotinha que está crescendo e conhecendo o mundo a sua volta!
Sabemos que por alguns inpecilhos, ela não tem como acompanhar o ritmo das demais crianças de sua idade, mas dentro do seu ritmo e de suas potencialidades vem demonstrando um enorme crescimento físico e intelectual, ao qual vem surpreendendo a todos que convivem com ela. Uma criança muito amada e querida por todos. Consegue expressar suas alegrias, suas fragilidades, suas potencialidades e seus sofrimentos às pessoas que confia, seja por conversas, brincadeiras e até por "cagaços" direcionados à algumas pessoas durante os atendimentos.
Trabalhar na Equoterapia é muito gratificante para mim, pois posso conhecer um pouco mais sobre as diversas realidades que pais vivem e, de alguma forma, poder contribuir no desenvolvimento integral destas crianças que ao meu trabalho forem confiadas.
Ofereço meu amor e minha dedicação aos meus três praticantes, tendo em mente, sempre, que os amo muito e que os tenho sempre em meus pensamentos e orações. 
Quando sento para planejar as atividades que irei propor nas quartas-feiras penso nas capacidades individuais que cada um possui, sempre acreditando que eles podem muito mais, acreditando nas suas potencialidades. 
Agradeço a Deus pela oportunidade de estar sempre aprendendo mais com estas crianças e suas famílias. De antemão, posso dizer a todos que estar na Equoterapia é muito gratificante para mim!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

domingo, 29 de agosto de 2010

A formação do profissional em Educação

A educação, para que possa ser validada como uma prática social deve ser entendida no seu contexto socioeconômico e político, valorizando a formação de professores como sendo considerados sujeitos dessa prática social, portadores de um papel político, ativo, ético e crítico.

Tanto se fala que em educação deve-se unir teoria à prática, no entanto só podemos avaliá-la no cotidiano do professor em sala de aula. Pensa-se que sua formação inicial e posterior deve ser pautada sob um olhar crítico, sobre o mundo que o rodeia e, essa união deve manter a identidade e autonomia desse sujeito.

Sabe-se que a formação do profissional da área da educação depende do da situação histórico-social na qual está inserido, e de forma igualitária, que este está em constantes mudanças. Entende-se então, que o professor não está formado, mas está em constante formação e busca do saber.

Professores são considerados agentes sociais. Portanto, quando não tem embasamento teórico/prático em sua formação nada conseguirão “transformar”. Para que o professor consiga instigar em seus alunos um olhar sobre a realidade, que sejam capazes de avaliar e propor mudanças, ele também deve ser instigado a ter direcionamentos enquanto busca sua formação.

A formação de professores deve estar centrada na dimensão humana, cabendo aos formadores a mediação no processo de crescimento pleno do outro que está em processo. Pensando na qualidade dos cursos de formação de professores, devemos lembrar que além de conhecimento conteúdista, é preciso levar-se em conta a capacidade de dominarem certas habilidades carregando consigo competências humanas e sociais, para que sejam pertinentes em seu trabalho. As instituições de ensino vem valorizando cada vez mais a capacidade de trabalho em grupo dos sujeitos, onde as competências e habilidades estão diretamente ligadas às aprendizagens e saberes significativos.

Nesse sentido, é preciso “entender melhor” os alunos que estão em sala de aula, valorizando os saberes que trazem consigo suas necessidades, dificuldades e suas ambições, levando em conta qual é o contexto social e cultural ao qual estão imersos. Para isso é que se faz necessário que saiba “dominar” algumas competências e habilidades, bem como estar sempre aberto para o novo que possa vir.

A formação de professores deve permitir ser pensada cautelosamente, pois, posterior a sua formação, estarão lidando com sujeitos dotados de saberes e culturas diversas, que demandam cuidado e respeito. Assim, sabe-se valorizar e trabalhar dentro de um currículo que esteja aberto à transformações, transpondo seus objetivos através de sua ação, nos materiais que manipula e nas operações que utiliza.

Portanto, devem ser organizadas situações de aprendizagem que possam ser ligadas com a prática propriamente dita deste professor que busca sua formação, visando que este esteja preparado para enfrentar determinadas situações-problemas em sua, posterior, sala de aula, sendo capaz de administrar as mudanças que possam vir a ocorrer na sociedade na qual está inserido.



Por: Ana Luiza Sartor
2º Semestre de Pedagogia
URI – Santo Ângelo/RS

Obs.: Também públicado em um jornal local da cidade de Horizontina e no blog Filosofando: www.rudineiaugusti.blogspot.com/ (visitem).

sábado, 21 de agosto de 2010

O papel do professor como orientador

Como se sabe,a educação passou e vem passando por várias transformações até chegar ao modelo de ensino atual. Vem do tradicional, passando pelo modelo tecnicista, pela escola nova, chegando ao modelo construtivista, onde o professor assume uma postura de mediador e orientador, dando espaço para os alunos 
construírem o conhecimento. Transformações essas, que foram essênciais no desenvolvimento da Educação.
A partir do momento em que a Educação começou a transformar-se, alunos e professores também foram assumindo posturas diferentes das anteriores. Alunos querem fazer suas próprias escolhas. Professores precisam assumir uma postura humilde para que também consigam aprender com seus alunos. Contudo, a Educação transfigurou-se na parceria entre aluno e professor, onde o aluno aprende e ensina com o professor, e o professor aprende e ensina com o aluno.
Professores precisam compreender que não existe conhecimento pronto e/ou absoluto. Para tanto, o papel do professor como orientador, é desenvolver em seus alunos o pensamento crítico e a capacidade de pensar por si próprio, dando a oportunidade de construírem seus próprios caminhos, trazendo suas realidades para a sala de aula. Para tanto, o professor não deve solucionar os problemas de seus alunos, mas deve orientar caminhos para que eles mesmos o solucionem.
Para que isso aconteça é necessário que o professor use d diálogo como ferramenta de aproximação harmônica entre si e seus alunos. Reproduzindo a possibilidade de os alunos perceberem-se como sujeitos ativos em sala de aula e na sociedade. Colaborando para a construção de diversos campos do conhecimento, através dos conhecimentos adquiridos a partir de pesquisas realizadas em sala de aula, embasando um pensamento crítico e ético sobre aquilo que venha a ocorrer na sociedade na qual está inserido.
Enfim, o papel do professor como mediador do conhecimento, é colaborar para que seus alunos consigam aplicar seus conhecimentos em situações vividas diariamente. Significa ensinar a solucionar dilemas vividos diariamente, percebendo-se como membros da sociedade. É papel do professor questionar a produção e a organização do conhecimento.

Aluna do Curso de Pedagogia,
2º Semestre, URI - Campus Santo Ângelo,
Ana Luiza Sartor

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Escola: espaço para a formação de um cidadão crítico

Enquanto educadores vivemos em constantes desafios, ora por parte do que a sociedade nos impõem, ora pelo meio, pelos indivíduos que atendemos em nossas salas de aula, ou por nós mesmos. E, apesar de todos esses desafios, se assumirmos uma postura comprometida, acima de tudo, seremos capazes de tirar de toda e qualquer situação algum aprendizado, tanto para nosso lado profissional quanto pessoal, tendo a possibilidade de construirmos novos caminhos.
No tempo que dedicamos para a elaboração, planejamento e a prática propriamente dita, reforçamos nosso compromisso com a Educação e a Sociedade em geral. Não basta o educador ter domínio dos conteúdos e técnicas, mas também deve ter dinamismo e sensibilidade para perceber as dificuldades, necessidades, angustias e potencialidades dos alunos, assim tornando a aprendizagem realmente significativa. Sendo, dessa forma, de suma importância que o educador considere os conhecimentos que os educandos trazem consigo, a partir da realidade da qual fazem parte.
Em nossas indas e vindas, encontramos diversas salas de aulas, diferentes realidades, distintos níveis e ritmos de aprendizagem, mas o que diferencia os educadores é o comprometimento pessoal de cada um. O educador, sendo mediador do conhecimento, automaticamente torna-se mediador daquilo que venha ocorrer em seu ambiente de trabalho. Tendo a oportunidade de resgatar valores e vivências, criando uma relação afetiva entre professor-aluno e aluno-aluno, a partir do diálogo.
Para que isso se efetive é necessário que a escola seja um ambiente de diálogo, de troca de experiências, onde exista o respeito por cada indivíduo. Possibilitando ao educando que seja capaz de questionar o que lhe é imposto, tornando-se um ser crítico, capaz de lutar, e, dessa forma, alcançar seus anseios e objetivos. Iniciando, assim, a construção de um cidadão que contribuirá para o desenvolvimento da sociedade.


Ana Luiza Sartor- Acadêmica do 1º semestre de Pedagogia URI - Campus de Santo ângelo
Também publicado no Jornal ' A Integração' em Horizontina

terça-feira, 27 de abril de 2010

O papel do professor na formação dos alunos

              O que é ser professor? Muitas vezes, educadores se defrontam com essa questão que os faz refletir sobre suas escolhas, pensamentos e, principalmente, sobre seu papel enquanto profissional da educação, na busca de estratégias de ensino que viabilizem a transformação social.


              Como estudante do curso de Pedagogia e recém formada no Curso Normal de Nível Médio (Magistério), percebo que um dos primeiros passos para nos constituirmos professor é desenvolver o hábito da leitura e da escrita. A leitura por ser o passaporte que nos permite conhecer o mundo a partir de diferentes perspectivas e conhecimentos. Logo, a escrita por ser um instrumento que auxilia na organização, reconstrução e internalização desses saberes. Dessa forma, o professor estará em aprimoramento contínuo, compreendendo que não existem conhecimentos absolutos, mas verdades provisórias.

              Ainda, o educador jamais deve se colocar na posição de “ser inatingível”, pois não o é. Ao escolher a profissão de professor, deve ser o mediador, o instigador de conhecimentos, assumindo uma postura humilde e comprometida com a educação. Dessa maneira, o professor não soluciona sozinho às dificuldades de seus alunos, mas juntos, procuram alternativas que possam ser eficientes nesse processo de aprendizagem. O aluno passa a ser agente na construção dos seus conhecimentos, não ganhando conceitos prontos, mas organizando e adquirindo sentidos, podendo assumir sua postura crítica e transformar o meio social em que vive.

               Creio que isso é ser professor, que assim estaremos cumprindo com nosso papel essencial, que é possibilitar caminhos, por meio de uma prática pedagógica que priorize o pensar e o refletir, para construir saberes. Desta forma, estaremos ajudando nosso aluno a constituir-se sujeito crítico, um cidadão que compreende que a transformação social, não acontece por força de lei, mas pela vontade e trabalho de homens conscientes e responsáveis. Essa é a essência da educação, isso é ser um educador!

Ana Luiza Sartor- Acadêmica do 1º semestre de Pedagogia.