domingo, 29 de agosto de 2010

A formação do profissional em Educação

A educação, para que possa ser validada como uma prática social deve ser entendida no seu contexto socioeconômico e político, valorizando a formação de professores como sendo considerados sujeitos dessa prática social, portadores de um papel político, ativo, ético e crítico.

Tanto se fala que em educação deve-se unir teoria à prática, no entanto só podemos avaliá-la no cotidiano do professor em sala de aula. Pensa-se que sua formação inicial e posterior deve ser pautada sob um olhar crítico, sobre o mundo que o rodeia e, essa união deve manter a identidade e autonomia desse sujeito.

Sabe-se que a formação do profissional da área da educação depende do da situação histórico-social na qual está inserido, e de forma igualitária, que este está em constantes mudanças. Entende-se então, que o professor não está formado, mas está em constante formação e busca do saber.

Professores são considerados agentes sociais. Portanto, quando não tem embasamento teórico/prático em sua formação nada conseguirão “transformar”. Para que o professor consiga instigar em seus alunos um olhar sobre a realidade, que sejam capazes de avaliar e propor mudanças, ele também deve ser instigado a ter direcionamentos enquanto busca sua formação.

A formação de professores deve estar centrada na dimensão humana, cabendo aos formadores a mediação no processo de crescimento pleno do outro que está em processo. Pensando na qualidade dos cursos de formação de professores, devemos lembrar que além de conhecimento conteúdista, é preciso levar-se em conta a capacidade de dominarem certas habilidades carregando consigo competências humanas e sociais, para que sejam pertinentes em seu trabalho. As instituições de ensino vem valorizando cada vez mais a capacidade de trabalho em grupo dos sujeitos, onde as competências e habilidades estão diretamente ligadas às aprendizagens e saberes significativos.

Nesse sentido, é preciso “entender melhor” os alunos que estão em sala de aula, valorizando os saberes que trazem consigo suas necessidades, dificuldades e suas ambições, levando em conta qual é o contexto social e cultural ao qual estão imersos. Para isso é que se faz necessário que saiba “dominar” algumas competências e habilidades, bem como estar sempre aberto para o novo que possa vir.

A formação de professores deve permitir ser pensada cautelosamente, pois, posterior a sua formação, estarão lidando com sujeitos dotados de saberes e culturas diversas, que demandam cuidado e respeito. Assim, sabe-se valorizar e trabalhar dentro de um currículo que esteja aberto à transformações, transpondo seus objetivos através de sua ação, nos materiais que manipula e nas operações que utiliza.

Portanto, devem ser organizadas situações de aprendizagem que possam ser ligadas com a prática propriamente dita deste professor que busca sua formação, visando que este esteja preparado para enfrentar determinadas situações-problemas em sua, posterior, sala de aula, sendo capaz de administrar as mudanças que possam vir a ocorrer na sociedade na qual está inserido.



Por: Ana Luiza Sartor
2º Semestre de Pedagogia
URI – Santo Ângelo/RS

Obs.: Também públicado em um jornal local da cidade de Horizontina e no blog Filosofando: www.rudineiaugusti.blogspot.com/ (visitem).

sábado, 21 de agosto de 2010

O papel do professor como orientador

Como se sabe,a educação passou e vem passando por várias transformações até chegar ao modelo de ensino atual. Vem do tradicional, passando pelo modelo tecnicista, pela escola nova, chegando ao modelo construtivista, onde o professor assume uma postura de mediador e orientador, dando espaço para os alunos 
construírem o conhecimento. Transformações essas, que foram essênciais no desenvolvimento da Educação.
A partir do momento em que a Educação começou a transformar-se, alunos e professores também foram assumindo posturas diferentes das anteriores. Alunos querem fazer suas próprias escolhas. Professores precisam assumir uma postura humilde para que também consigam aprender com seus alunos. Contudo, a Educação transfigurou-se na parceria entre aluno e professor, onde o aluno aprende e ensina com o professor, e o professor aprende e ensina com o aluno.
Professores precisam compreender que não existe conhecimento pronto e/ou absoluto. Para tanto, o papel do professor como orientador, é desenvolver em seus alunos o pensamento crítico e a capacidade de pensar por si próprio, dando a oportunidade de construírem seus próprios caminhos, trazendo suas realidades para a sala de aula. Para tanto, o professor não deve solucionar os problemas de seus alunos, mas deve orientar caminhos para que eles mesmos o solucionem.
Para que isso aconteça é necessário que o professor use d diálogo como ferramenta de aproximação harmônica entre si e seus alunos. Reproduzindo a possibilidade de os alunos perceberem-se como sujeitos ativos em sala de aula e na sociedade. Colaborando para a construção de diversos campos do conhecimento, através dos conhecimentos adquiridos a partir de pesquisas realizadas em sala de aula, embasando um pensamento crítico e ético sobre aquilo que venha a ocorrer na sociedade na qual está inserido.
Enfim, o papel do professor como mediador do conhecimento, é colaborar para que seus alunos consigam aplicar seus conhecimentos em situações vividas diariamente. Significa ensinar a solucionar dilemas vividos diariamente, percebendo-se como membros da sociedade. É papel do professor questionar a produção e a organização do conhecimento.

Aluna do Curso de Pedagogia,
2º Semestre, URI - Campus Santo Ângelo,
Ana Luiza Sartor

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Escola: espaço para a formação de um cidadão crítico

Enquanto educadores vivemos em constantes desafios, ora por parte do que a sociedade nos impõem, ora pelo meio, pelos indivíduos que atendemos em nossas salas de aula, ou por nós mesmos. E, apesar de todos esses desafios, se assumirmos uma postura comprometida, acima de tudo, seremos capazes de tirar de toda e qualquer situação algum aprendizado, tanto para nosso lado profissional quanto pessoal, tendo a possibilidade de construirmos novos caminhos.
No tempo que dedicamos para a elaboração, planejamento e a prática propriamente dita, reforçamos nosso compromisso com a Educação e a Sociedade em geral. Não basta o educador ter domínio dos conteúdos e técnicas, mas também deve ter dinamismo e sensibilidade para perceber as dificuldades, necessidades, angustias e potencialidades dos alunos, assim tornando a aprendizagem realmente significativa. Sendo, dessa forma, de suma importância que o educador considere os conhecimentos que os educandos trazem consigo, a partir da realidade da qual fazem parte.
Em nossas indas e vindas, encontramos diversas salas de aulas, diferentes realidades, distintos níveis e ritmos de aprendizagem, mas o que diferencia os educadores é o comprometimento pessoal de cada um. O educador, sendo mediador do conhecimento, automaticamente torna-se mediador daquilo que venha ocorrer em seu ambiente de trabalho. Tendo a oportunidade de resgatar valores e vivências, criando uma relação afetiva entre professor-aluno e aluno-aluno, a partir do diálogo.
Para que isso se efetive é necessário que a escola seja um ambiente de diálogo, de troca de experiências, onde exista o respeito por cada indivíduo. Possibilitando ao educando que seja capaz de questionar o que lhe é imposto, tornando-se um ser crítico, capaz de lutar, e, dessa forma, alcançar seus anseios e objetivos. Iniciando, assim, a construção de um cidadão que contribuirá para o desenvolvimento da sociedade.


Ana Luiza Sartor- Acadêmica do 1º semestre de Pedagogia URI - Campus de Santo ângelo
Também publicado no Jornal ' A Integração' em Horizontina